Porque cereais foram criados: Incrível o motivo. Sabia mais.

Porque cereais foram criados
Foto: (reprodução/internet)

Nos idos de 1850 os americanos comiam no café da manhã uma enorme variedade de alimentos, enormes cafés da manhã disponíveis nos hotéis. Era possível escolher entre pães, doces, panquecas, bolinhos, frangos cozidos, frios e bifes. Nem todo americano podia comer de forma extravagante, mas aqueles que podiam escolhiam grandes refeições servidas com carne. Continue lendo para saber mais sobre porque cereais foram criados.

Isso ocasionou um caso nacional de indigestão e um crescente interesse por pratos mais leves o que levou ao surgimento do alimento saudável original dos Estados Unidos: o cereal.

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O cereal criaria fortunas e faria surgir empresas multinacionais que são conhecidas por nós nos dias de hoje. Mas o Dr. John Harvey Kellogg, o inventor dos flocos de milho, não se importava com os lucros que poderiam ser obtidos nesse meio. À época ele trabalhava em Battle Creek como diretor de um sanatório e para ele, o cereal não era apenas um alimento saudável porque iria melhorar a digestão dos cidadãos americanos. Ele acreditava que uma dieta que fosse baseada em alimentos leves seria capaz de afastar os americanos do pecado. Um pecado deveras específico: a masturbação.

 

A criação dos cereais

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O ponto de partida para o projeto de saúde do Dr. Kellogg foi um caso nacional de indigestão que aconteceu nos Estados Unidos. “Os americanos só queriam comer carne, batatas, bolo e torta”, escreveu Lowell Dyson sobre as preferências alimentares durante o século XIX no país. Isso valeu tanto para o desjejum quanto para o jantar. Entre as pessoas mais abastadas, bife e torta podiam ser jantar ou café da manhã.

Para vários reformadores da saúde, a saída foi inventar algum tipo de alimento mais simples. O biscoito de graham foi idealizado e inventado por um reformista dietético de nome Sylvester Graham em 1827. Em 1863, James Caleb Jackson, que dirigia um resort de saúde, inventou o que seria o primeiro cereal, que chamado por ele de “granula”.

Dr. Kellogg, que em seu tempo era vegetariano, e, com a ajuda de seu irmão William Kellogg, inventou alimentos como manteiga de amendoim e carnes sem carne para consumo de seus pacientes. Os flocos de milho, projetados por ele pela primeira vez na década de 1890, acabaram por se tornar seu legado mais duradouro. Apesar disso, poucas pessoas hoje comeriam os flocos de milho de Kellogg ou até mesmo o granulado de Jackson. Eles não tinham nenhum açúcar ou sabores adicionados e eram incrivelmente duros, tanto que por vezes faziam os dentes das pessoas quebrarem.

Mas em 1900, havia um desejo desesperado por cereais e era comprado tanto cereal quanto a unidade de saúde do Dr. Kellogg podia produzir. Em livros densos e palestras populares, John Harvey Kellogg explicou os benefícios de alimentos leves como cereais.

A “vida biológica” do Dr. Kellogg demandava menos carne e mais exercícios, mais banhos e comer grãos integrais. Assim como com as tendências de alimentos orgânicos de hoje, ele retratou isso como um retorno científico aos princípios naturais. Ao contrário das tendências alimentares de hoje, ele também acreditava que as dietas do mundo moderno do homem os levavam a pecados carnais.

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Dr. Kellogg escreveu tanto sobre os riscos do sexo e da masturbação quanto sobre como ter uma vida saudável. O cereal era a ponte entre os dois mundos; o remédio dietético para evitar que a alimentação dos americanos os levem ao pecado. Apesar de criar um produto, os flocos de milho, que lançou uma mania alimentar, Dr. Kellogg se preocupava mais com sua causa do que com os lucros. Em suas palestras, ele explicava como as pessoas poderiam fazer cereais em suas próprias casas.

O cereal se torna um negócio

O negócio de cereais rapidamente escapou das mãos do Dr. John Harvey Kellogg. Embora o Dr. Kellogg tenha tentado resguardar sua invenção ao empregar uma patente, os empresários logo perceberam que podiam produzir cereais sem correr o risco de infringir seus direitos.

Duas das empresas de cereais mais bem-sucedidas foram uma criada por um ex-paciente e a outra fundada pelo irmão do Dr. Kellogg, William. William Kellogg fundou a Kellogg Company, e o ex-paciente, C.W. Post, criou e vendeu a Grape Nuts.

Eles conseguiram fazer algo que o Dr. Kellogg desprezava: adicionar açúcar.

William acreditava que eles precisavam melhorar o sabor dos flocos de milho, enquanto o Dr. Kellogg via o açúcar como corrompendo sua alimentação saudável. A outra razão pela qual o cereal foi um sucesso não tinha nada a ver com a saúde. Era a melhor comida de conveniência existente.

A revolução fez com que mais e mais pessoas deixassem as fazendas e aceitassem o trabalho como empregados nas cidades. Elas tinham bem menos tempo e consequentemente menos acesso a uma cozinha, o que tornava os cereais e os cafés da manhã “prontos para comer” extremamente atraentes.

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