A vacina da gripe é uma das principais aliadas na prevenção de doenças respiratórias graves e, como parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a cada ano oferece proteção renovada contra os vírus mais comuns e perigosos.
Em 2024, a campanha de vacinação ocorreu de 2 de setembro a 26 de outubro, abrangendo toda a população a partir dos 6 meses de idade. Mas afinal, por que é necessário repetir essa vacinação anualmente?
A necessidade de tomar a vacina da gripe anualmente se deve a dois fatores principais: a redução da imunidade com o tempo e a constante mutação dos vírus da gripe. A proteção conferida pela vacina diminui gradualmente, perdendo eficácia cerca de 10 meses após a aplicação.
Além disso, os vírus da gripe sofrem mutações frequentes, o que torna a vacina do ano anterior ineficaz para a nova temporada. Dessa forma, a imunização é ajustada anualmente para abranger as variantes virais predominantes e oferecer a melhor proteção possível.
Benefícios da Vacina da Gripe
Tomar a vacina da gripe todos os anos não só oferece proteção direta contra a doença, mas também reduz significativamente o número de internações, óbitos e casos graves. A imunização ajuda a evitar complicações, como pneumonia, sinusite, otite e desidratação, além de proteger contra sintomas desagradáveis como febre, tosse seca, mal-estar, dor de cabeça e dores musculares.
A vacinação também reduz a disseminação do vírus na comunidade, o que é especialmente importante em períodos de maior circulação do vírus.
Além disso, a vacinação contra a gripe é uma medida preventiva segura e eficaz. Embora possa causar efeitos colaterais leves, como dor e vermelhidão no local da aplicação, febre e mal-estar, esses sintomas geralmente desaparecem entre 24 e 48 horas.
Grupos Prioritários para a Vacina da Gripe
Embora toda a população seja incentivada a se vacinar, alguns grupos são considerados prioritários por apresentarem maior risco de desenvolver complicações graves em caso de infecção. Esses grupos incluem:
- Idosos
- Gestantes e puérperas
- Crianças entre 6 meses e 8 anos
- Profissionais de saúde e da educação
- Cuidadores
- Pessoas com doenças crônicas, como cardiopatas, pneumopatas e pessoas com diabetes
- Pessoas imunossuprimidas, como pacientes com neoplasia maligna ou em tratamento com imunossupressores
Apesar dos benefícios, a vacina contra a gripe não é recomendada para todos. Pessoas com febre ou sintomas de doenças febris graves devem aguardar a recuperação antes de se vacinar. Também devem evitar a vacinação pessoas com alergia ao ovo, ao látex ou que tenham tido reação alérgica grave a uma dose anterior da vacina.
Além disso, indivíduos com imunodeficiências congênitas ou adquiridas, como pessoas com neoplasia maligna, e pacientes em tratamento com imunossupressores precisam consultar um médico antes de tomar a vacina.
Como Funciona a Vacina da Gripe
A vacina da gripe é composta por vírus inativados, o que significa que não induz o desenvolvimento da doença no corpo. Em geral, o efeito protetor da vacina começa a agir cerca de duas semanas após a aplicação e dura entre seis meses a um ano, dependendo da resposta imunológica de cada pessoa. Esse período é suficiente para cobrir a época de maior circulação dos vírus.
Ao receber a vacina, o corpo produz anticorpos contra os vírus da gripe, garantindo proteção durante os meses de maior circulação viral. Mesmo que o organismo entre em contato com o vírus posteriormente, o sistema imunológico estará preparado para combatê-lo, evitando o desenvolvimento da doença ou reduzindo a gravidade dos sintomas.
A vacina da gripe é segura e, geralmente, bem tolerada. Os efeitos colaterais, quando ocorrem, costumam ser leves e locais, incluindo dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção. Em alguns casos, podem surgir sintomas como febre, dor muscular, dor de cabeça, náuseas, tosse e irritação nos olhos, mas esses sintomas geralmente desaparecem em 2 a 3 dias, sem a necessidade de tratamento específico.
Importante destacar que, nos primeiros dias após a vacinação, os sintomas que possam aparecer são frequentemente resultado de resfriados que já estavam incubados, e não da própria vacina.
A Importância da Vacinação para a Saúde Pública
A vacinação contra a gripe é um importante ato de responsabilidade coletiva. Ao reduzir o número de pessoas infectadas e o risco de complicações graves, a vacina ajuda a preservar a capacidade dos serviços de saúde e diminui o número de internações hospitalares.
Além disso, a imunização em massa contribui para reduzir a circulação do vírus na comunidade, protegendo também aqueles que, por alguma razão, não podem ser vacinados.
Para garantir a proteção da população, o Ministério da Saúde, por meio do PNI, realiza campanhas anuais de vacinação contra a gripe, com o objetivo de alcançar o maior número de pessoas possível.
Não tomar a vacina contra a gripe pode resultar em complicações sérias, como pneumonia viral, falta de ar, insuficiência respiratória e até óbito. Esses riscos são ainda maiores para os grupos prioritários, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com doenças crônicas. A vacina, portanto, não é apenas uma medida preventiva contra a gripe, mas uma proteção contra consequências mais severas da doença.
Vacinação e Proteção Duradoura
A cada nova estação, a atualização da vacina da gripe permite uma proteção eficaz contra as cepas mais recentes dos vírus, adaptando-se às mutações e garantindo que o organismo esteja preparado para enfrentar as variações sazonais. É essa capacidade de adaptação e a segurança proporcionada pela imunização que fazem da vacina da gripe um recurso valioso para a saúde pública.
A vacinação anual é fundamental para manter a população protegida, já que a gripe é uma doença com potencial de evolução para quadros graves, especialmente em pessoas mais vulneráveis. Com a vacinação, os efeitos do vírus são minimizados, proporcionando uma vida mais saudável e segura para todos.