Reduzir drasticamente o tempo que crianças passam em frente às telas pode trazer melhorias significativas em seu bem-estar emocional e comportamento em apenas duas semanas. Essa foi a conclusão de um estudo recente que investigou os efeitos dessa mudança no dia a dia de famílias com crianças e adolescentes.
O experimento envolveu crianças de 4 a 17 anos, que tiveram seu tempo de tela reduzido para no máximo três horas por semana — uma mudança radical se comparada à média atual de sete a oito horas por dia. Os resultados mostraram que, após apenas 15 dias, os participantes apresentaram avanços claros na saúde mental, com menos sintomas de ansiedade, tristeza e irritabilidade.
Além disso, as crianças se mostraram mais colaborativas, empáticas e comunicativas. Também houve uma redução em comportamentos problemáticos, como agitação, impulsividade e dificuldades com regras, colocando os participantes dentro de uma faixa considerada saudável para o desenvolvimento comportamental.
Outras pesquisas já indicavam que a exposição excessiva às telas pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas, especialmente nos primeiros anos de vida. Crianças muito pequenas expostas com frequência a telas têm maior chance de apresentar atrasos no desenvolvimento e dificuldades de atenção.
Para promover um desenvolvimento mais equilibrado, especialistas recomendam que os pais limitem o tempo de tela, priorizando brincadeiras físicas, atividades ao ar livre e interações sociais reais. A exceção, segundo os estudiosos, pode ser feita para videochamadas, que ajudam na socialização à distância, especialmente com familiares.
O recado é claro: menos tela, mais presença, brincadeiras e conexão real são ingredientes fundamentais para o bem-estar das crianças.