Brasil precisa ampliar acesso à inovação em saúde para todas as idades

Inovar em saúde não é apenas uma questão de tecnologia — é questão de equidade, de qualidade de vida e de política pública eficiente. Segurança para prevenir e tratar doenças melhora conforme novos medicamentos, terapias e tecnologias são disponibilizadas para pessoas em todas as fases da vida. No Brasil, há urgência em fortalecer esse acesso — desde recém-nascidos até idosos.

Barreiras que impedem o acesso

  • Custos elevados de novas terapias ou medicamentos fazem com que muitas inovações fiquem restritas ao setor privado ou pouco disponíveis em regiões remotas.
  • Desigualdade territorial: populações fora de grandes centros ainda sofrem com falta de infraestrutura, de hospitais referência ou de profissionais capacitados para aplicar novas tecnologias.
  • Regulação lenta: aprovações e incorporações no sistema público muitas vezes demoram, o que impede que pacientes tenham acesso rápido às descobertas internacionais ou aos avanços mais recentes.
  • Desigualdade socioeconômica: quem tem menor renda ou menos acesso educativo enfrenta dificuldades tanto para se informar sobre novas opções quanto para chegar aos centros de tratamento.

Áreas que mais se beneficiam com inovação

  1. Doenças crônicas — como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares — que exigem acompanhamento contínuo. Dispositivos de monitoramento, terapias de longo prazo e medicamentos biológicos podem gerar grande impacto se bem disseminados.
  2. Saúde mental — inovações em psicoterapia digital, apps de apoio, realidade virtual ou terapias assistidas trazem novas possibilidades de tratamento, principalmente para quem vive longe de centros urbanos.
  3. Envelhecimento saudável — acesso a tecnologias de reabilitação, próteses avançadas, terapias regenerativas e monitoramento remoto podem ajudar idosos a manter autonomia, prevenir quedas e controlar doenças degenerativas.

Caminhos para fortalecer esse acesso

  • Incentivo a parcerias público-privadas que possam viabilizar inovação em saúde sem onerar excessivamente os cofres públicos.
  • Agilização de processos regulatórios, com transparência e segurança, para que novas tecnologias sejam avaliadas e aprovadas mais rapidamente.
  • Políticas que garantam equilíbrio territorial, com investimentos para levar infraestrutura de ponta para regiões menos assistidas.
  • Programas de educação em saúde para informar pacientes sobre novas opções terapêuticas, possibilidades de tratamento e seus direitos.

Porque isso interessa a todos

Fortalecer o acesso à inovação na saúde não é benefício apenas de quem pode pagar — impacta o sistema como um todo. Menos internações evitáveis, doenças melhor controladas, envelhecimento ativo: tudo isso reduz custos a longo prazo para o país. E oferece dignidade e qualidade de vida para cada cidadão, independentemente de onde viva ou quanto ganhe.

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