Saúde nas Américas: fragilidades expostas colocam vidas e economias em risco, aponta relatório da ONU

Um novo relatório da ONU destaca que os sistemas de saúde em grande parte das Américas enfrentam deficiências estruturais graves que ameaçam não apenas a saúde das pessoas, mas também a estabilidade econômica. Falhas em cobertura, financiamento, recursos humanos e desigualdades regionais agravam mortes evitáveis e elevam os custos sociais.

Os principais alertas do relatório

  • Cobertura parcial ou inexistente: muitos países não oferecem acesso universal e integral, deixando parcela da população sem atendimento básico.
  • Subfinanciamento persistente: recursos insuficientes para manter infraestrutura, insumos, medicamentos e pessoal qualificado.
  • Escassez e má distribuição de profissionais: regiões rurais e internas são desassistidas, gerando deslocamentos longos e atrasos no atendimento.
  • Desigualdades de acesso: fatores sociais, econômicos e geográficos determinam quem recebe ou não atendimento adequado.
  • Vulnerabilidade a crises: pandemias, desastres naturais ou choques econômicos tornam visíveis as fragilidades, com serviços entrando em colapso.

Por que isso compromete a economia

Quando a saúde falha, o impacto financeiro se alastra. A população adoecida não produz, os custos com internações e tratamentos aumentam, há perda de produtividade e crescimento limitado. Para governos, emergem pressões por maior gasto público em saúde, muitas vezes em sistemas já pressionados.

Caminhos possíveis de fortalecimento

  1. Aumentar o financiamento público em saúde: elevar a proporção do PIB dedicada ao setor, com transparência e foco em resultados.
  2. Fortalecer a atenção primária: priorizar prevenção, diagnósticos e cuidados básicos reduz internações desnecessárias.
  3. Distribuir melhor os recursos humanos: políticas de fixação, incentivos e formação local para zonas remotas.
  4. Aperfeiçoar a governança e a regulação: padronizar protocolos, monitoramento e mecanismos de avaliação de desempenho.
  5. Focar na equidade: garantir que populações vulneráveis tenham acesso proporcional ao resto da população.
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