ALÉM DO BURNOUT: Novos Termos Exigem Mudança na Abordagem de Saúde Mental nas Empresas
O campo da saúde mental corporativa está evoluindo rapidamente, e novos termos e conceitos surgem para dar nome a fenômenos que expõem os limites e as falhas das políticas de bem-estar nas empresas. Apenas falar em “prevenção de burnout” não é mais suficiente para lidar com a complexidade do ambiente de trabalho moderno.
A Necessidade de Ir Além da Superfície
O surgimento de novos termos, como o boreout (o oposto do burnout, caracterizado pelo tédio, falta de propósito e desinteresse crônico no trabalho) e o “presenteísmo” (a presença física no trabalho sem engajamento mental ou produtividade), demonstra que o problema da saúde mental vai muito além da sobrecarga. Muitas vezes, o adoecimento está ligado à falta de clareza nas funções, à ausência de desenvolvimento profissional ou a um ambiente de trabalho tóxico e pouco estimulante.
Esses novos conceitos forçam as empresas a repensar suas estratégias, exigindo uma abordagem mais profunda e estrutural. Não basta oferecer meditação ou happy hour; as organizações precisam revisar o desenho dos cargos, promover uma cultura de propósito e garantir que as lideranças sejam treinadas para identificar e gerenciar o sofrimento mental de seus colaboradores, seja ele causado por excesso (burnout) ou por falta (boreout) de estímulo. A saúde mental deixou de ser um benefício e passou a ser uma questão de gestão e sustentabilidade empresarial.