O “inimigo oculto” do fígado que vai além da gordura

Durante décadas, a atenção sobre doenças do fígado se concentrou nas gorduras acumuladas no órgão. Porém, médicos alertam que um fator muitas vezes subestimado pode ser ainda mais agressivo: a presença contínua de inflamação e estresse oxidativo gerado por dietas ricas em açúcar refinado, alimentos ultraprocessados e carboidratos simples.

Quando o organismo recebe mais açúcar do que consegue consumir, parte dele vira gordura, que se deposita no fígado. Essa gordura, ao provocar estresse celular, ativa respostas inflamatórias que danificam hepatócitos (as células do fígado), gerando fibrose e comprometendo a regeneração da região. Indivíduos que mantêm esse processo por anos, mesmo sem sobrepeso visível, já mostram níveis elevados de enzimas hepáticas e sinais de desgaste em exames de imagem.

Para proteger o fígado, é essencial agir de forma proativa: adotar uma alimentação rica em vegetais, fibras e gorduras saudáveis; reduzir drasticamente doces, refrigerantes e farinhas refinadas; praticar atividade física regular; cuidar de sono e hidratação; e evitar automedicação ou uso excessivo de álcool. Exames de rotina — tanto de função hepática quanto marcadores inflamatórios — ajudam a monitorar possíveis excessos. O corpo tem capacidade de regeneração: com escolhas conscientes, é possível reverter danos iniciais e restaurar saúde hepática de forma consistente.

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