Por que os animais também bocejam? Entenda o comportamento
O bocejo não é um privilégio humano — ele está presente em muitas espécies animais, como cães, gatos, aves e até répteis. A ciência investiga por que bocejamos e se ele tem função fisiológica além de simples tédio ou sono. Estudos sugerem que bocejar ajuda a regular temperatura cerebral, aumentar oxigenação e promover estado de alerta social.
Na hipótese termorregulatória, o bocejo funciona como “resfriamento cerebral”. Ao abrir a boca e inspirar ar, o fluxo facilita dissipação de calor no cérebro, especialmente em momentos de fadiga ou aquecimento cognitivo. Alternativamente, o bocejo pode aumentar o fluxo sanguíneo cerebral e ativar estados de vigilância, explicando porque bocejamos ao acordar ou em momentos de transição.
Há também hipótese social: bocejos são “contagiosos” em humanos e alguns animais, podendo funcionar como sinal de sincronização de comportamento entre grupo. Espécies sociais bocejam em reação ao bocejo de outro — demonstrando empatia ou coordenação fisiológica coletiva. Experimentos com cães e humanos mostraram que ver alguém bocejar provoca bocejos subsequentes.
Embora ainda existam debates, o consenso crescente é que o bocejo animal é multifuncional — combinação de regulação cerebral, alerta fisiológico e comunicação social. Observar esse comportamento em animais domésticos é observar sinais sutis de seu estado interno — tédio, calor, necessidade de reativação.