Seletividade alimentar infantil: riscos nutricionais e como lidar no dia a dia

A seletividade alimentar — quando crianças recusam grupos grandes de alimentos — pode parecer fase, mas esconde riscos nutricionais reais. Nutrientes essenciais como ferro, zinco, vitaminas A, C, D e proteínas podem ficar comprometidos, afetando crescimento, desenvolvimento imunológico e até humor infantil.

Nutricionistas apontam que muitos casos começam na introdução alimentar ou por “fase de rejeição”, e se prolongam sem intervenção. A recusa persistente de frutas, verduras ou proteínas exige atenção. O primeiro passo é evitar confrontos: oferecer variedade sem pressionar incentivando repetição gradual. Reformular visualmente o prato, associar alimentos novos a preferidos e inserir texturas progressivamente são estratégias eficazes.

Outra tática útil é “introdução em cadeia”: inserir ingrediente novo em preparações familiares (ex: pedaços pequenos de cenoura no purê de batata). Também ajuda brincar com alimentos (formatos lúdicos), envolver a criança no preparo e transformar refeição em momento leve, não de conflito. Evitar distrações (TV, celular) durante a refeição e manter horários regulares também favorecem comportamento alimentar mais saudável.

Quando a seletividade compromete o crescimento ou há sinais de deficiência (pálidez, fadiga, queda de cabelos), é fundamental intervenção com profissional: orientação nutricional, suplementação pontual e seguimento. Quanto mais cedo agir, menor o risco de padrões alimentares rígidos que persistem na vida adulta.

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