No dia 6 de abril de 2025, uma manifestação promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento teve como objetivo pressionar o Congresso Nacional a pautar a anistia dos condenados pelo episódio de 8 de janeiro. A manifestação contou com a presença de apoiadores, políticos aliados e gerou especulações nas redes sociais devido à circulação de uma imagem intrigante.
A fotografia, capturada pelo fotógrafo Edi Sousa, mostrou um homem com vestimenta tática e um fuzil de alta precisão, o que levantou dúvidas sobre um possível esquema de segurança reforçado. A imagem gerou debates sobre a presença de um sniper, possivelmente parte da segurança do evento ou de autoridades presentes. No entanto, não houve confirmação oficial sobre a função específica do agente.
Quem Protege os Ex-Presidentes no Brasil?
De acordo com a legislação brasileira, ex-presidentes têm direito à proteção custeada pelo Estado. A LEI Nº 7.474, DE 8 DE MAIO DE 1986, atualizada pela LEI No 10.609, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002, assegura que ex-presidentes contem com até quatro servidores de livre indicação. Esses profissionais, no entanto, não desempenham funções de segurança armada, atuando como assistentes, assessores ou motoristas.
A segurança armada dos ex-presidentes é responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR). Este órgão também cuida da segurança do presidente em exercício, do vice-presidente e de autoridades estrangeiras em visita ao país. O GSI pode empregar agentes das Forças Armadas ou policiais com treinamento específico em proteção de autoridades.
Qual a Origem do Suposto Sniper?
A presença de um suposto sniper no evento levantou questões sobre a origem e a função do agente. Embora a imagem tenha gerado especulações, é importante considerar que o agente poderia estar designado para proteger o evento como um todo ou outras autoridades presentes. O ato contou com a presença de sete governadores, incluindo Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG), além de parlamentares e outras figuras políticas.
Muitas dessas autoridades possuem suas próprias equipes de segurança, que podem atuar de forma coordenada com as forças locais ou federais. Portanto, a presença do agente pode ter sido parte de um esquema de segurança mais amplo, não necessariamente vinculado diretamente ao ex-presidente Bolsonaro.
Segurança em Eventos Públicos: Sigilo e Precaução
Em eventos públicos de grande porte, especialmente aqueles com a presença de líderes nacionais, a segurança é planejada com antecedência e executada com cuidado. O número total de agentes empregados na operação da manifestação na Avenida Paulista não foi divulgado, mas em eventos semelhantes, mais de dois mil agentes podem ser mobilizados, incluindo policiais militares, civis, guardas municipais e seguranças pessoais.
Até o momento, nenhuma autoridade confirmou oficialmente a identidade do agente ou sua função específica durante o evento. O sigilo e a precaução são normas comuns entre os órgãos de segurança, garantindo a proteção eficaz de todas as partes envolvidas.