Brasil pode ficar inabitável em 50 anos, alerta a Nasa

Pesquisas recentes indicam que o Brasil pode enfrentar condições climáticas extremas a ponto de comprometer a habitabilidade de diversas regiões do país nas próximas cinco décadas. O alerta é resultado de simulações climáticas baseadas na atual trajetória de emissões de gases de efeito estufa e nos impactos do aquecimento global sobre o território nacional.

Entre os principais fatores apontados está o aumento da temperatura média em áreas já naturalmente quentes, como o Centro-Oeste e o Norte, o que pode tornar o calor insuportável para a população. Em paralelo, a intensificação de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, enchentes devastadoras e ondas de calor, tende a agravar as dificuldades para o cultivo de alimentos, a disponibilidade de água potável e o equilíbrio dos ecossistemas.

Especialistas alertam que o bioma amazônico pode atingir um ponto de não retorno, no qual a floresta deixaria de desempenhar seu papel de reguladora climática e passaria a emitir mais carbono do que absorve. Esse colapso ecológico afetaria não apenas a região Norte, mas influenciaria todo o clima sul-americano, gerando impactos em escala continental.

Além disso, o avanço do desmatamento e a urbanização desordenada agravam a vulnerabilidade de cidades brasileiras, especialmente nas periferias urbanas e áreas de risco. O aumento da temperatura global também pode gerar uma crise sanitária, com maior proliferação de doenças tropicais, como dengue, chikungunya e malária.

Caso as previsões se confirmem e nenhuma ação contundente seja tomada para reverter o cenário, o Brasil poderá enfrentar um êxodo populacional interno, com milhares de pessoas sendo forçadas a deixar suas cidades de origem em busca de locais mais seguros e habitáveis.

O futuro ainda pode ser revertido, segundo cientistas, caso haja um esforço imediato e coordenado para reduzir as emissões de carbono, proteger os biomas naturais, investir em fontes de energia limpa e promover políticas públicas que priorizem a sustentabilidade. Sem essas mudanças, no entanto, o risco de que o Brasil se torne inóspito em muitas de suas regiões nos próximos 50 anos se torna cada vez mais real.

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